quarta-feira, 11 de julho de 2012

História do Município de Juazeiro Bahia



(Dados colhidos pelo autor Walter  de Castro Dourado e extraídos de sua obra – “Juazeiro da Bahia à luz da História.”)


Aldeia

     Constituída de índios cariris, descendentes dos Tapuias, então denominados – coroados- formou-se nos arredores da atual cidade de Juazeiro, um núcleo habitacional palhoças espalhadas por diversos pontos, nas proximidades do Rio São Francisco. Era a aldeia de Juazeiro, existente nos primórdios do século XVIII.
      Em 1706 a aldeia era visitada por frades procedentes de Santo Antonio do Pambú, depois denominado Capim grosso e finalmente Curaçá. Entretanto, somente em 1707 foi estabelecida a Missão, com o nome de Juazeiro de N. S. das Grotas.


Lenda Primitiva

      Os cariris perambulavam pela região, caçando, pescando e extraindo frutos e raízes destinadas à sua subsistência.
       As  Grotas estão situadas nas proximidades dos juazeiros, onde as tropas jaziam repousando  a fim de atravessaram depois, da  margem direita (Bahia) à esquerda (Pernambuco), indo até o Piauí. Por isso o local situado no território baiano ficou sendo chamado – Passagem dos Juazeiros ou simplesmente – Passagem de Juazeiro.
     Então, uma imagem foi encontrada pelos índios cariris, os quais a levaram aos frades capuchos. Estes cuidaram logo da edificação de uma igreja ou capela coberta de palhas de carnaubeiras, e iniciaram a construção de um convento para abrigo dos membros da comunidade, fundando-se assim a Missão de N. S. das Grotas de Juazeiro.
      Nestes recuados tempos, dependíamos de Curaçá, antigo Pambú, donde vieram os frades  referidos. Nas imediações não existiam povoados com sólidas bases habitacionais. Longe da margem do Rio São Francisco, ao lado esquerdo, sucumbida no boqueirão de serras, jazia o povoado de Cachoeira do Roberto, caminho do Piauí. Defronte de Juazeiro, na primitiva aldeia, a ilha de N. Senhora; mais acima onde atualmente se situam as duas cidades – Juazeiro e Petrolina – a ilha do fogo, com o seu morro resplandecente e, em terra firme, um lajedo e nenhum sinal de presença humana. E de um deserto onde medram apenas cactos e vegetação rasteira.



O Povoado
      No ano de 1767, Quando governava a Bahia  D. Antonio Rolim de Moura Tavares, conde de Azambuja, o povoado da Missão de Juazeiro foi elevado à categoria de julgado, sob a jurisdição de Jacobina.

A Vila
O Primeiro Magistrado

      A emancipação política de uma localidade é assinalada mediante a criação do município independente, o que foi feito conforme a lei de 9 de março de 1833, desmembrando-se Juazeiro de Sento Sé.
      A instalação da Câmara Municipal realizou-se a  11  de  junho de 1834.
      O Dr. José Ferreira  Souto foi o primeiro magistrado  do novo município.

A Cidade

     Por lei de 1814, de 15 de julho de 1878, foi a vila do Juazeiro elevada à categoria de cidade. A instalação do município, com tal prerrogativa, realizou-se a 8 de setembro de 1878, data consagrada à padroeira.

                                          fonte:  http://parlim.blogspot.com.br

A MAJESTOSA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA

      Ao chegarem os trilhos da ferrovia de Juazeiro (1896), construiu-se uma plataforma e dois pavimentos, ou seja, barracões destinados ao armazenamento de mercadorias. O Dr. Argolo então arrendatário da estrada, traçou o plano e construiu o importante edifício da estação de Juazeiro, o qual foi impiedosamente demolido na ocasião da construção da ponte sobre o Rio S. Francisco. Era um primor de arte constituindo-se num monumento arquitetônico de grande valor e significação, conforme se verifica através da descrição feita pelo jornal “Folha do Povo” transcrito no livro “Juazeiro na Estreita do Tempo”, de autoria do Dr. Edson Ribeiro.
       A referida Estação Ferroviária foi inaugurada em 1907.

                                   fonte:  http://www.ibamendes.com



MERCADO MUNICIPAL
     Edificado na margem do rio, no centro comercial da cidade, foi batido a pedra fundamental desta construção em 1912. Foi inaugurado a 2 de julho de 1916.




CAIS DO PORTO

      Batida a pedra fundamental da obra, logo no inicio de sua administração, tratou Aprígio Duarte de prosseguir nos trabalhos de construção de rampas, onde foi modificado depois, quando se construiu novo cais.

fonte: sentoseemfoco.webnode.com.br


Retirado do livro: História do Município de Juazeiro (Resumo)




Lendas Urbanas de Juazeiro Bahia

Retirado do livro: Você Acredita em Assombração - Acervo pessoal






Lendas de Juazeiro - Ba


Retirado do Livro: Era uma vez...Lendas

Lendas do São Francisco


 Retirado do livro: Era Uma Vez... Lendas , disponível na biblioteca da Diocese -Juazeiro - Ba

Lendas do Velho Chico

Retirado do livro Lendas do Velho Chico que está disponível na Biblioteca da Diocese - Juazeiro

terça-feira, 10 de julho de 2012

O Rio e o Folclore


Assombrações do Velho Chico

fonte da imagem : http://parlim.blogspot.com.br


         O rio era menino, sem barcas, vapores, remeiros e vaporzeiros. No barranco vivia o índio que, com sua canoa, se deslocava para ilhas e vazantes, onde plantava e pescava em coroas e peraus.
          Um dia chegaram novos povoadores, brancos vindos de outras terras, outros horizontes. Era gente da Garcia D’Ávila que trazia a missão de abrir roças, instalar currais e fazendas, que mais tarde seriam povoados, vilas e cidades. Vindo das praias, planícies e montanhas do Portugal. Gente brava, trabalhadeira e corajosa e que, por espírito de aventura, uns, desejo de riqueza, outros, cumprindo castigos muitos, chegou à beira do rio em busca de vida nova.
          Dos índios ouviram as primeiras históricas de assombrações que moravam no rio. Com o passar do tempo, os portugueses começaram a criar novas assombrações, geradas nas longas noites de solidão, escuridão e medo, às quais deram nomes que as almas do outro mundo dos índios não tinham. Dessa forma surgiu o Nego d’água que morava nos peraus, e de quando em quando, aparecia nas pedras e coroas para esquentar-se do sol, sempre com os filhos negrinhos. A mulher Nega d’água jamais foi criada e ninguém jamais soube explicar qual a razão. Até bem pouco tempo muita gente juntava e batia fé, dizendo ter visto o Nego d’água.   Foi também criada a história de que o Nego d’água espantava os peixes do caminho de pescadores que não jogavam no rio pedaços de fumo de corda, antes de sair para pescaria. Também diziam que o nego d’água virava canoa de pescador que não colocava faca afiada no fundo de sua embarcação. Criou o Cabeção, figura disforme com a cabeça imensa, que saía do rio de vez em quando para assombrar pescadores. O Minhocão, outra assombração que provinha dos peraus, onde morava para destruir barracos, roças, prejudicar as pescarias. Até serpentes encantadas, inventaram os povoadores brancos. Quando menino, aqui em Juazeiro, onde nasci, vezes sem conta, ouvi contar histórias de pregação de um padre capuchinho feita no tempo em que Juazeiro ainda era vila, quando o sacerdote disse que na Ilha do Fogo morava uma serpente encantada que vivia presa em um fio de cabelo de Nossa Senhora das Grotas. Essa serpente, disse o frade, se os homens não deixassem o pecado e as mulheres continuassem tomando os maridos alheios, ela quebraria o fio de cabelo de Nossa Senhora onde estava presa, sairia do perau onde morava e destruiria Juazeiro e Petrolina.
          Assombrações criadas pelo medo e solidão das noites de temor, ouvindo o ronco dos animais que viviam no barranco e bater dos peixes no rio, foram transmitidas de pai para filho, tornando-se famosas, passaram a fazer parte da vida de todos quantos moravam ao longo do rio.
          Com o aumento do movimento de barcas, vapores e empurradores que viajavam  rio acima, rio abaixo, as assombrações foram sendo espantadas e desapareceram. Hoje vivem na lembrança dos mais velhos, apenas lembranças que o tempo se encarregará de fazer com que desapareçam, ( se não houver que as preservem).

Ermi Ferrari Magalhães

(retirado do livro Navegação no Rio São Francisco)

sábado, 7 de julho de 2012

História do Município de Juazeiro

(edição esgotada, mas pode ser encontrado na biblioteca da Diocese - Juazeiro -BA) 

Folclore de Juazeiro

Retirado do livro: Você Acredita em Assombração - Acervo pessoal



Histórias que o povo conta


Retirado do livro: Você Acredita em Assombração - Acervo pessoal

Maria Franca Pires


Lampião no município de Juazeiro




“Vindo das bandas do Cumbe, atualmente Euclides da Cunha, Lampião, em seguida à primeira luta travada em território baiano, onde morreram os soldados Juvenal A. da Silva e Francisco G. Filho, bem como o Sargento José Joaquim de Miranda, em companhia de bandidos, inclusive Corisco, tomou a direção do município de juazeiro, passando pelo lado leste das terras do município de Curaçá. Percorrendo várias léguas/dia, teve a polícia do Tenente Odonel no seu encalço e foram direto ao povoado da Abóbora, onde existiam nada menos de 15 casas, um recém inaugurado cemitério e um barracão de feira, este no local onde existem um mercado. Discutia-se àquela época, se Abóbora estava no município de Senhor do Bonfim ou de Juazeiro, pendência que foi resolvida anos depois com a criação do município de Jaguarari, ocasião em que se fez a linha divisória dos municípios pela parte Leste do povoado, hoje vila, que passou a pertencer, desta forma, a Juazeiro. “

Livro: Lampião no Município de Juazeiro - Jorge de Souza Duarte

 (retirado do blog de Parlim  -  http://parlim.blogspot.com.br/)

quarta-feira, 4 de julho de 2012

História da Navegação - Rio São Francisco


                                      ( Esse livro pode ser encontrado na papelaria Officium)